CDU é a alternativa <br>ao rumo de desastre

O Au­di­tório da Junta de Fre­guesia de Ovar aco­lheu, no dia 17, o En­contro da CDU dos con­ce­lhos de Ovar e Mur­tosa, que acon­teceu num mo­mento em que se apro­xima uma im­por­tante ba­talha elei­toral na qual se abrem novas pos­si­bi­li­dades de in­verter o rumo de de­sastre a que tem sido con­du­zido o País e que tem vindo a des­truir a vida de mi­lhões de por­tu­gueses.

O de­bate foi mo­de­rado por Dinis Sil­veira, da Co­missão Con­ce­lhia de Ovar do PCP, sendo a mesa cons­ti­tuída por Mi­guel Vi­egas, de­pu­tado do PCP no Par­la­mento Eu­ropeu, Mi­guel Jeri, eleito do PCP na As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Ovar, e Carlos Pinho, da Co­missão Con­ce­lhia da Mur­tosa do PCP.

Na in­ter­venção ini­cial, Mi­guel Vi­egas fez uma sín­tese da si­tu­ação pre­o­cu­pante que as­sola o País – em­po­bre­ci­mento dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções, de­sem­prego, de­gra­dação da eco­nomia, emi­gração, ser­viço pú­blicos e di­reitos so­ciais am­pu­tados – e que é o co­ro­lário da acção da po­lí­tica de di­reita im­posta por su­ces­sivos go­vernos sob a res­pon­sa­bi­li­dade de PS, PSD e CDS, e agra­vada nestes úl­timos anos com a po­lí­tica dos PEC do go­verno do PS e do pacto de agressão com a troika es­tran­geira, subs­crito pelos mesmos par­tidos.

Neste con­texto, sa­li­entou o de­pu­tado do PCP, é ab­so­lu­ta­mente ne­ces­sária a luta por uma po­lí­tica al­ter­na­tiva, pa­trió­tica e de es­querda, capaz de res­ponder aos pro­blemas do País e às as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e do povo. Uma po­lí­tica ba­seada na re­ne­go­ci­ação da dí­vida; na pro­moção e va­lo­ri­zação da pro­dução na­ci­onal e na cri­ação de em­prego; na re­cu­pe­ração para o con­trolo pú­blico de sec­tores e em­presas es­tra­té­gicas, de­sig­na­da­mente do sector fi­nan­ceiro; na va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios, pen­sões e ren­di­mentos dos tra­ba­lha­dores e do povo; na de­fesa dos ser­viços pú­blicos e das fun­ções so­ciais do Es­tado, de­sig­na­da­mente dos di­reitos à edu­cação, à saúde e à pro­tecção so­cial; numa po­lí­tica fiscal que de­sa­grave a carga sobre os ren­di­mentos dos tra­ba­lha­dores e das micro, pe­quenas e mé­dias em­presas e tri­bute for­te­mente os ren­di­mentos e o pa­tri­mónio do grande ca­pital, os seus lu­cros e a es­pe­cu­lação fi­nan­ceira; na re­jeição da sub­missão às im­po­si­ções do Euro e da União Eu­ro­peia, re­cu­pe­rando para o País a sua so­be­rania, eco­nó­mica, or­ça­mental e mo­ne­tária.

Com­pro­misso de sempre

Por seu lado, Mi­guel Jeri re­alçou a co­e­rência da CDU, que se dis­tingue das res­tantes forças po­lí­ticas pelo seu com­pro­misso de sempre com os tra­ba­lha­dores e o povo, in­de­pen­den­te­mente deste ou da­quele go­verno, e sem es­paço para opor­tu­nismos ou con­tra­di­ções. O eleito co­mu­nista sin­te­tizou a ac­ti­vi­dade re­a­li­zada no con­celho, tendo re­al­çado a luta contra a pri­va­ti­zação da ERSUC/​EGF; contra a pri­va­ti­zação da água; a de­fesa do Hos­pital de Ovar, dos CTT e da Pou­sada da Ju­ven­tude en­quanto equi­pa­mentos pú­blicos; a de­fesa in­tran­si­gente dos tra­ba­lha­dores do con­celho e dos seus di­reitos la­bo­rais, dos mo­ra­dores dos bairros e do seu di­reito à ha­bi­tação digna; a luta contra a mu­ni­ci­pa­li­zação da edu­cação e da saúde.

Falta de in­ves­ti­mento

Carlos Pinho in­cidiu a sua in­ter­venção sobre os pro­blemas da Mur­tosa, no­me­a­da­mente a falta de in­ves­ti­mento pú­blico, acen­tu­ando a ne­ces­si­dade de, no de­bate para as elei­ções le­gis­la­tivas, não se des­ligar as ques­tões lo­cais das ques­tões na­ci­o­nais, uma vez que as di­fi­cul­dades vi­vidas lo­cal­mente de­correm em larga es­cala das op­ções go­ver­na­men­tais dos par­tidos do arco da troika.

Da parte do pú­blico, houve ainda es­paço para va­ri­ados co­men­tá­rios, ques­tões e con­tri­butos dos mi­li­tantes e amigos, sobre os mais va­ri­ados temas. Coube por fim a Mi­guel Vi­egas a in­ter­venção de en­cer­ra­mento, ter­mi­nando o de­bate num enorme sen­ti­mento de con­fi­ança e mo­bi­li­zação para a ne­ces­sária ba­talha do es­cla­re­ci­mento, com a cer­teza de que sim, será pos­sível fazer crescer ainda mais a CDU!




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